Eta mulhé brava!




Estão aí a chegar os meses dos casórios, dos batizados, da festa brava em que mulhé que é mulhé  - não se diz mulher desde que o Anselmo Ralph nos brindou com o seu hit - quer comprar o seu trapito, para brilhar, para se destacar e marcar a diferença.

Diz-se que há perigo de comprar estas peças fulcrais, para fazer "presenças" - como o pessoal do Secret Story, mas numa cena mais familiar - nas lojas da moda.

Eu não concordo. Acho que o mesmo vestido bege, da marca low cost xpto, usado por duas mulheres com gostos distintos pode parecer totalmente diferente. Basta uma gostar perdidamente de acessórios exuberantes e a outra gostar de peças simples, que primem pela discrição.

Nunca me preocupei muito com esses eventos. Recorro à boa da saia preta, junto-lhe um top acetinado, um colar "tchanã", uma maquilhagem semi-vamp/noturna, calço uns stilettos que não me façam chegar às lágrimas no fim da festa e a coisa dá-se. Nunca fui muito de me lançar a compras nestas alturas. Sai-me sempre tudo furado.....

Mas há quem pense, já em maio, naquela cerimónia que se vai realizar em julho. Porque a amiga merece que esteja bem, porque o avô vem lá da terra, porque está lá a "ex" do atual.
E ir tapadinha ou destapadinha é logo a questão!

E aí vem o stress, a angústia, o drama, a tragédia...
E o vestido já não é um simples vestido, é um vestidão, é qualquer coisa principesca, ao nível da Leticia de Espanha.

Quem vai estar no evento não são o primo nem a prima, são os condes e os viscondes, quiçá o rei e a rainha.
E há toda uma etiqueta, todo um protocolo.

Consultam-se livros, visitam-se sites, percorrem-se lojas....
Mas o nível monárquico é a última exigência.
Nada enche o olho, nada enche as medidas.
O tecido é ruim. As costuras não estão bem acabadas. O decote é excessivo. A saia é curta demais. O colar não me alonga a silhueta.
Só de experimentar os sapatos, já me doem os pés.

Vem, vem Diogo Miranda S/S 2015.....







 Ai que bom, o sufoco acabou.

Eta mulhé brava!

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