Capulana da D. Beatriz
De vez em quando dou um saltinho a casa da D. Beatriz.
Enquanto bebemos chá, recostadas nos cadeirões imponentes da sala grande, falamos do tempo, da vida e dos "antigamentes".
Frequentemente fala-se dos choques que as modernices do presente dão nos "antigamentes". Mas, curiosa, quer saber tudo, para não se sentir ultrapassada pelo tempo.
Folheiam-se álbuns de fotografias, que parecem não acabar, porque a D. Beatriz faz questão de deixar claro e de comprovar que era moça jeitosa e que o seu Fernando, já falecido, era um pedaço. As raparigas tinham-lhe cá uma inveja, quando dançavam agarradinhos nos bailes.
Depois, lança-me ao báu, onde guarda cheiros, cores, texturas, memórias, dos tempos de Moçambique.
Diz ela que foram bons tempos.
- Ó filha, leva essa Capulana que aí tenho. Vê lá se lhe dás uso.
Leva o que quiseres.
E podes trazer cá as tuas colegas. Pode ser que gostem de alguma coisa.
Sabes que não me importo nada de ter a casa cheia.
De África pouco ou nada conheço, mas sinto-me fascinada só de a ouvir falar de como lá foi feliz, da cor da terra, do mar, dos primeiros anos de casada.
As nossas visitas são quase sempre viagens no tempo.
Despeço-me, abraço-a e trago a capulana comigo para casa, porque assim como a D. Beatriz, acho que aquela terra é mágica.
E do tecido, que veio de outro continente, pode ser que saia qualquer coisa assim!
Amanhã encho a cabeça à Joana e vamos à costureira lá do bairro ver o que se pode arranjar.
Enquanto bebemos chá, recostadas nos cadeirões imponentes da sala grande, falamos do tempo, da vida e dos "antigamentes".
Frequentemente fala-se dos choques que as modernices do presente dão nos "antigamentes". Mas, curiosa, quer saber tudo, para não se sentir ultrapassada pelo tempo.
Folheiam-se álbuns de fotografias, que parecem não acabar, porque a D. Beatriz faz questão de deixar claro e de comprovar que era moça jeitosa e que o seu Fernando, já falecido, era um pedaço. As raparigas tinham-lhe cá uma inveja, quando dançavam agarradinhos nos bailes.
Depois, lança-me ao báu, onde guarda cheiros, cores, texturas, memórias, dos tempos de Moçambique.
Diz ela que foram bons tempos.
- Ó filha, leva essa Capulana que aí tenho. Vê lá se lhe dás uso.
Leva o que quiseres.
E podes trazer cá as tuas colegas. Pode ser que gostem de alguma coisa.
Sabes que não me importo nada de ter a casa cheia.
De África pouco ou nada conheço, mas sinto-me fascinada só de a ouvir falar de como lá foi feliz, da cor da terra, do mar, dos primeiros anos de casada.
As nossas visitas são quase sempre viagens no tempo.
Despeço-me, abraço-a e trago a capulana comigo para casa, porque assim como a D. Beatriz, acho que aquela terra é mágica.
Amanhã encho a cabeça à Joana e vamos à costureira lá do bairro ver o que se pode arranjar.
Tive uma formanda que também me quis dar uma capulada. Que jeito me dava agora :)
ResponderEliminar**
Sua mal agradecida! este modelo de vestido devia ficar bem à papoila mary popins
ResponderEliminar