Será que é mesmo preciso "penar para aprender a viver"?


Sangue, suor e lágrimas....

Questiono-me muitas vezes sobre limites, já que quase tudo na vida parece girar em torno deles.

Um dos limites que nos devemos impor é o de saber parar antes de chegar à exaustão, dizem-nos os mais renomados especialistas, mas acima de tudo, diz-nos o nosso corpo.

Apesar dos alertas, isto não é tarefa nada fácil.

O cansaço, quando sentido em pequenas doses, pode ser bom e induzir-nos em erro.

Vejamos: quando existe um prazo a cumprir, uma tarefa a realizar e se sente que a missão foi cumprida, mesmo com horas de sono perdidas, refeições em falta, filmes e passeios perdidos, até nos conseguem arrancar um sorriso. É ou não é verdade?

Há um reforço de auto-estima e sentimo-nos quase super-heróis.

Mas estes meninos só existem nos filmes e normalmente vivem sob disfarce, a querer usufruir de uma vida pacata e normal.

O cansaço sistemático  farta. Mói, transtorna e facilmente se transforma em tensão, em ira.

Toca a erguer fronteiras, toca a procurar paz, quando a voz se altera, quando não há paciência para nada, quando a superação de si mesmo se torna o único objetivo em mente....

....isto para que nos fiquemos apenas pelo suor, pelas lágrimas.....

Provavelmente um Mourinho, um Cristiano Ronaldo e os apologistas do trabalho sem horas pensarão de forma contrária......

Este tipo de cansaço, unica e exclusivamente físico, a mim não me assiste!!! Assumo o facto, para o bem e para o mal.

..... talvez por isso caiba a poucos a façanha de vestir durante muito tempo o traje da BD.

Onde, quando e como se erguem as fronteiras que nos protejem?

Há toda uma vida para aprender.....

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